A psoríase é uma doença autoimune crônica que provoca a formação de placas espessas e escamosas na pele, causando desconforto e impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Entre os vários tratamentos disponíveis, a fototerapia se destaca como uma opção eficaz e segura.
Este artigo oferece uma visão abrangente sobre a fototerapia, sua história, mecanismo de ação, benefícios, formas de uso, custos no Brasil, exames necessários para acompanhamento, vantagens e desvantagens do método e possíveis efeitos colaterais.
História da Fototerapia

A fototerapia, também conhecida como terapia com luz ultravioleta, tem uma longa história que remonta ao antigo Egito, onde a exposição ao sol era usada para tratar várias doenças de pele. No início do século XX, a fototerapia moderna começou a ganhar reconhecimento científico com o uso de lâmpadas de luz ultravioleta para tratar a psoríase e outras condições cutâneas.
Nos anos 1960, a descoberta dos efeitos terapêuticos da luz ultravioleta B (UVB) e, posteriormente, da luz ultravioleta A (UVA) em combinação com psoraleno (PUVA), revolucionou o tratamento de doenças de pele, estabelecendo a fototerapia como uma prática médica padrão.
Mecanismo de ação da Fototerapia
A fototerapia utiliza luz ultravioleta para reduzir a inflamação e retardar o crescimento acelerado das células da pele que caracterizam a psoríase. Existem dois tipos principais de fototerapia usados no tratamento da psoríase:
UVB de Banda Larga e Banda Estreita
A luz UVB penetra a camada superior da pele, ajudando a retardar o crescimento das células cutâneas. A UVB de banda estreita é preferida porque emite uma faixa de luz mais específica e eficaz, reduzindo o risco de queimaduras e outros efeitos colaterais.

PUVA (Psoraleno + UVA)
Este tratamento combina a ingestão ou aplicação tópica de um medicamento chamado psoraleno com a exposição à luz UVA. O psoraleno aumenta a sensibilidade da pele à luz UVA, potencializando o efeito terapêutico. A UVA penetra mais profundamente na pele, porém apresenta maior risco de envelhecimento precoce e câncer de pele.
Ambas as terapias exigem supervisão médica para monitorar os efeitos colaterais e ajustar o tratamento conforme necessário.
Como a Fototerapia melhora a Psoríase
A fototerapia ajuda a normalizar o crescimento das células da pele e reduz a inflamação, aliviando os sintomas da psoríase. A exposição controlada à luz UVB ou UVA reduz a velocidade de produção das células cutâneas e diminui a resposta imunológica exagerada que causa a inflamação.
Os pacientes geralmente observam uma redução significativa na vermelhidão, espessura e descamação das placas psoriáticas, melhorando a aparência da pele e o conforto geral.
Veja aqui sobre o mecanismo imunológico da psoríase.
Formas de uso
A fototerapia pode ser administrada de várias maneiras, dependendo da extensão e localização das lesões cutâneas:

Cabines de Fototerapia
Pacientes ficam em pé dentro de uma cabine equipada com lâmpadas UVB ou UVA, expondo todo o corpo à luz.
Dispositivos Portáteis
Para áreas menores e localizadas, como mãos ou pés, dispositivos portáteis de fototerapia podem ser usados.
Tratamentos Combinados
Em alguns casos, a fototerapia pode ser combinada com outras terapias, como medicamentos tópicos ou sistêmicos, para aumentar a eficácia.
Custos da Fototerapia no Brasil
Os custos da fototerapia no Brasil podem variar amplamente dependendo do local de tratamento, frequência das sessões e cobertura pelo sistema de saúde. Em clínicas privadas, o custo de uma sessão de fototerapia pode variar entre R$ 100 e R$ 300.
Planos de saúde privados podem cobrir parcialmente ou totalmente o tratamento, e o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece fototerapia em algumas unidades de referência, como hospitais universitários, embora a disponibilidade possa ser limitada.
Exames necessários para acompanhamento
O tratamento com fototerapia requer monitoramento regular para garantir a segurança e eficácia. Exames necessários incluem:
Avaliação Dermatológica
Antes de iniciar a fototerapia, um dermatologista avaliará a extensão da psoríase e a adequação do tratamento.
Monitoramento da Pele
Durante o tratamento, a pele é examinada regularmente para detectar quaisquer sinais de queimaduras ou efeitos adversos.
Avaliação da Função Hepática e Renal
No caso de tratamento PUVA, exames para monitorar a função hepática e renal podem ser necessários devido ao uso de psoraleno.
Vantagens e desvantagens da Fototerapia no tratamento da Psoríase
Vantagens da Fototerapia na psoríase

Eficácia
A fototerapia é eficaz na redução dos sintomas da psoríase, proporcionando alívio significativo da vermelhidão, espessura e descamação das lesões.
Rápida Melhora
Muitos pacientes observam melhora nas condições da pele em poucas semanas de tratamento.
Não Invasivo
A fototerapia é um tratamento não invasivo, sem a necessidade de medicamentos orais ou injetáveis.
Complementaridade
Pode ser combinada com outros tratamentos tópicos e sistêmicos para aumentar a eficácia terapêutica.
Segurança Relativa
Quando realizada sob supervisão médica, a fototerapia é considerada relativamente segura, com monitoramento adequado minimizando os riscos.
Não suprime a imunidade do paciente
Muitos tratamentos para psoríase causa imunossupressão e aumento do risco de doenças infecciosas. A fototerapia é isenta desse risco.
Uso pediátrico
A fototerapia é segura na população pediátrica e mostra perfil seguro com poucos efeitos adversos.
Desvantagens da Fototerapia na psoríase
Risco de Efeitos Colaterais
Pode causar queimaduras solares, envelhecimento precoce da pele e aumento do risco de câncer de pele com exposição prolongada à luz UV.
Tempo e Frequência
Requer sessões frequentes (geralmente várias vezes por semana), o que pode ser inconveniente e consumir tempo.
Custo
Pode ser caro, especialmente se não for coberto por seguros de saúde, com custos variando entre R$ 100 e R$ 300 por sessão no Brasil.
Disponibilidade Limitada
A disponibilidade de fototerapia pode ser limitada em algumas regiões, especialmente em sistemas públicos de saúde.
Monitoramento Necessário
Exige acompanhamento médico contínuo e exames regulares para monitorar a resposta ao tratamento e detectar efeitos adversos.
Efeitos Colaterais da Fototerapia
Embora a fototerapia seja geralmente segura, ela pode causar alguns efeitos colaterais, especialmente se não for realizada sob supervisão médica adequada. Os efeitos colaterais mais comuns incluem:
Queimaduras
A exposição excessiva à luz UV pode causar queimaduras na pele.

Envelhecimento da Pele
A exposição prolongada à luz ultravioleta pode acelerar o envelhecimento da pele.
Risco Aumentado de Câncer de Pele
A exposição cumulativa à luz UV aumenta o risco de câncer de pele a longo prazo.
Irritação da Pele
Pode ocorrer ressecamento e irritação da pele tratada.
Considerações Finais
A fototerapia é uma opção eficaz e segura para o tratamento da psoríase moderada a grave. Sua capacidade de reduzir a inflamação e normalizar o crescimento celular proporciona alívio significativo dos sintomas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
No entanto, como qualquer tratamento médico, a fototerapia deve ser realizada sob supervisão médica para minimizar riscos e maximizar benefícios.
Pacientes e médicos devem trabalhar juntos para determinar a melhor abordagem de tratamento, monitorar a resposta ao tratamento e ajustar conforme necessário para alcançar os melhores resultados possíveis.
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